Recanto dos Montrevor

[Manja o Dio que congelava os outros? Então o Alucard é gelado no mesmo nível quase.]

—Eu não sei, na verdade é tudo novo para mim, pra ser sincero esse foi o contato mais intimo que eu tive com alguém.

Alucard não corava, porém era possível ver um pouco de vergonha em seu rosto, era um tanto quanto raro mas as vezes ele mostrava suas facetas mais humanas.

—Eu enchi tanto o saco do seu irmão, mas no final das contas acho que entendo um pouco ele.

(Manjo sim kkk)


Estava ligeiramente avoada por um tempo, e as palavras dele forçaram-na a observá-lo novamente. - Quer dizer que em séculos você nunca sequer tocou ninguém? Você está ainda pior que o Morpheu.
No quarto ao lado, Morpheu, que mantinha os fones de ouvido no máximo volume pra não ser incomodado de novo, espirrou num momento critico de seu jogo e acabou ganhando um Game Over. - Essa maldita está falando de mim...
Juntava as palmas das mãos, voltando a capturá-las entre as dela. - Nesse caso, irei lhe apresentar as coisas da nova era, tudo bem pra você?
A menção ao irmão fez Cecil inclinar a cabeça brevemente. - Em que sentido?

- Hum, se você diz. - pôs-se de pé com um salto, recolhendo os copos e levando-os a cozinha. Depois de voltar, retirou duas ligas vermelhas que mantinha dentro de um bolsinho lateral do vestido e usou-as para prender o cabelo em suas habituais marias-chiquinhas. - Morpheu, estou saindo!
- Tá, tá... - ouviu-se a voz de trás da porta fechada.
Ela deu de ombros, endireitando suas vestes e fazendo um sinal de cabeça para que Alucard a seguisse. - Podemos dar uma volta pela escola, talvez haja algo. Se não acharmos nada nós saímos do território. - Franziu o cenho. - Sim, sim... tem aviões também, e trens...

- Trens são legais... aviões dão um pouco de medo, principalmente se você detesta ficar em lugares fechados e altos. - Saía do quarto, colocando os sapatos e deixando o quarto. - Vou começar te apresentando uma coisinha chamada sorvete...

(Vou postar na cantina, okay?)

- Ei, seu colar está brilhando, isso é normal? - olhou para a porta (do seu próprio quarto) abrindo sozinha e deu de ombros com pouco caso, entrando ali dentro e estralando o pescoço. - Bom, levando em consideração tudo, parece que vamos ter que deixar a escola mesmo se quisermos pegar roupas novas para ti.
A maçaneta do quarto de Morpheu girou e ele abriu a porta, coçando a cabeça ligeiramente. - Ah... vocês dois já voltaram...
- Eu sei que você sente minha falta, irmãozinho, admita.
Ele revirou os olhos, negando silenciosamente com a cabeça e bocejando. - Apenas tente não ser atacada por ninguém enquanto eu não estiver por perto. Mas isso seu amigo vampiro pode evitar, também.

- Sobre isso, minha irmã pode ter todos os defeitos possíveis e imagináveis...
- EI! - protestou ela, cruzando os braços.
- Mas ela sabe diferenciar pessoas boas de ruins. Se ela é sua amiga ou o que for, é porque você mereceu isso. - ele deu de ombros, e passou o mais carinhosamente possivel a mão sobre a cabeça dela, antes que se dirigi-se a cozinha.
- Morpheu, você quer vir com a gente? Nós vamos ao shopping!
- Não mesmo...
Cecil fez um biquinho de chateação, girando nos calcanhares e agarrando um sobretudo de cor escura que estava pendurado por perto. - Bem... pela hora deve estar frio lá fora...

Emparelhava-se com ele, passando um cachecol pelo pescoço para finalizar seus agasalhos. - Bom, vamos, então... espero que não tenha problema com andanças longas.

Sorriu de leve, escoltando-o para fora do quarto e, consequentemente, para a saída da escola. Eles andaram por um bom tempo, enfrentando o ar frio do começo da noite (que, obviamente, só afetava Cecil) e passando por todo tipo de coisas que ALucard poderia achar interessante (como carros, casas, um robô e um avião que só era percebido a partir do som distante, já que a noite estava escura.
Cecil apenas parou de caminhar quando viu portas gigantescas e envidraçadas, com muitas luzes e vitrines luminescentes, de deixar qualquer um cego. - Chegamos... eu acho.

Ela levantou as mãos para fechar os olhos dele por trás e fez com que seguisse em frente, passando pela porta de vidro. - Mantenha-os fechados, vou levá-lo a um lugar que seja menos iluminado.
Cecil soltou-o, segurando sua mão e guiando-o através de corredores cheios de todo tipo de loja, até atingir as lojas de roupas centrais, numa parte ainda artificialmente iluminada, mas que feria menos as vistas. Sé então soltou-o. - Pode abrir os olhos.
A loja mostrava roupas masculinas e femininas na vitrine, em tons mais sóbrios. AO lado havia uma loja de video-games também, a qual Cecil ficou bastante interessada.
Talvez eu devesse comprar algo para o Morpheu também...
Do lado oposto, havia também uma ótica.

O sorriso dele deixou-a sem reação por um tempo, afinal não era algo que fosse recorrente. Viu-o entrar nas lojas e decidiu esperar na loja ao lado. Quando Alucard retornou para perto dela, já tinha algumas sacolas plásticas em sua mão também. Uma destinada ao irmão, uma segunda para si mesma e uma terceira com um mp3, que ligou e no segundo seguinte estava colocando os fones nos ouvidos dele para que ouvisse.
- Você deve gostar de música, não é? nesse aparelho pode colocar todas as que preferir. Como eu não tinha certeza quais que você gostaria, coloquei um pouco de tudo tirando funk.
Piscou os olhos brevemente, olhando de um lado para o outro. - Você leu sobre os cinemas?

[Huehue MP3 é pré-histórico, me dá uma tekpix ai pô, mentira, não dá não.]

—SIM EU LI SOBRE O CINEMA SIM, TÁ AFIM DE IR VER ALGUMA COISA?

Falou alto devido aos fones, afinal aquilo era uma novidade para ele, escutou mais um pouco e retirou os fones.

—Hm... as músicas de hoje são legais mas depois dê passe no meu quarto, vou te mostrar como eram as músicas de antigamente.  Aliás, obrigado pelos fones e esse outro negócio ai.

Apontou ao MP3 pré-histórico.

Fazia um sinal pra ele diminuir o tom de voz, já que muitas pessoas pararam para observá-los. - Sim, deve ter algo de interessante passando em cartaz. Que não seja de terror, provavelmente você iria rir.
Sorriu brevemente, erguendo o dedo indicador. - É um mp3... não tem de quê, eu realmente não sabia o que lhe dar. E eu gostaria realmente de ouvir músicas antigas... me faz lembrar de pianos e violinos.
Juntava as mãos atrás das costas. - A propósito, você ficou realmente bem vestido assim.

- De nada. - Sorria de canto, endireitando suas sacolas e voltando a passar seu braço pelo dele (já que parecia-lhe meio que um abuso segurá-lo pela mão novamente). - Bom... na verdade a graça de ver filmes de terror hoje em dia é rir da idiotice dos personagens, então é quase uma comédia.
Seus olhos brilharam com a última frase. - Você sabe de verdade? Poderia me mostrar um dia?

- Acho incrível esse tipo de coisa, eu sempre quis aprender, mas sou meio lentinha e ninguém tinha muita paciência pra me ensinar. - fazia um biquinho de chateação.
Começou a seguir um caminho que acreditava dar no cinema. - Estão repassando pela enésima vez a Noite dos Mortos Vivos. Também tem filmes atuais. De super-heróis, como Capitão América: Guerra Civil. E uns romances água com açúcar bem cheios de drama.